Pr. Airton Williams
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Porque Celebramos o Natal |
Retroagindo na história da Igreja, vamos encontrar Clemente de Alexandria, no 2º século depois de Cristo, citando as diversas opiniões que existiam na ocasião, sobre a data do nascimento de Jesus. Ao fim do 4º século, já encontramos registros de que as igrejas promoviam trabalhos especiais, em comemoração conjunta ao nascimento e ao batismo de Cristo, que, segundo as opiniões da época, haviam ocorrido na mesma data, em anos diferentes. No 5º século, Agostinho escreveu o seguinte trecho: “...de acordo com a tradição, Êle nasceu no dia 25 de dezembro.” Esta tornou-se a data aceitável para as igrejas do ocidente, sendo que no oriente, a data observada é o dia 6 de janeiro.
Gradualmente a celebração do Natal foi assimilando vários costumes existentes nas nações que iam recebendo o Cristianismo. Muitos deste costumes, pagãos em origem, foram se transformando e, vencidos pelo Cristianismo, foram se enquadrando no espírito de Natal.
Os Reformadores do século XVI, aceitaram a celebração do Natal como uma legítima expressão de adoração Cristã, dando assim continuidade à tradição.
Hoje, alguns pequenos grupos de Cristãos não aprovam a celebração do Natal, quer pela falta de menção explícita na Bíblia, quer pelo número de regionalismos incorporados à celebração. Não achamos, entretanto, que a Bíblia aprove esta condenação à celebração. Pelo contrário, ela é enfática em sua colocação da importância histórica e teológica do nascimento de Cristo. Esta ênfase está evidenciada nos registros da adoração dos pastores (Lucas 2:8-12), nas dádivas recebidas dos Magos (Mateus 2:1-11) e nas admoestações de Paz e Boa Vontade expressadas pelos anjos (Lucas 2:13 e 14). Todos estes registros representam celebrações históricas do Natal.
Havendo a conscientização de que o Natal é antes de tudo nossa demonstração de gratidão pelo advento daquele que veio salvar a nós, pecadores; daquele que veio nos reconciliar com Deus; daquele que veio e venceu a morte, podemos dizer que assim o Natal estará sendo celebrado apropriadamente e de forma legítima.
Nós, Evangélicos, devemos utilizar esta ocasião como uma oportunidade dada por Deus para adorarmos a Ele e testemunharmos do Seu nome ao mundo.
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