CONTRIBUIÇÕES

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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O Lugar da Oração

Qual é o alvo da vida cristã? A piedade nascida da obediência a Cristo. A obediência destranca as riquezas da experiências cristã. A oração é aquilo que impele e nutre a obediência, pondo o coração na "atitude mental" que leva à obediência desejada.
Naturalmente, o conhecimento também é importante, porque, sem o mesmo, não podemos saber o que Deus requer. Entretanto, o conhecimento e a verdade permanecerão abstratos a menos que tenhamos comunhão com Deus, por meio da oração. É o Espírito Santo quem nos ensina, inspira e ilumina a Palavra de Deus para nós. Ele é o Mediador da Palavra de Deus e nos ajuda a reagir favoravelmente ao Pai, em oração.
A oração ocupa um lugar vital na vida do crente. Em primeiro lugar, é um requisito absoluto para a salvação, algumas pessoas não podem ouvir; não obstante, embora surdas, podem ser salvas. Outras pessoas não podem ver; no entanto, embora cegas, podem ser salvas. O conhecimento das Boas Novas - a salvação através da morte expiatória e da ressureição de Jesus cristo - virá de uma fonte ou de outra, mas, em última análise, a pessoa deve pedir humildemente a salvação da parte de Deus. A oração que solicita a salvação é uma oração dos ímpios que Deus disse que Ele sempre ouvirá.
Que têm em comum aqueles que estão no céu? Várias coisas. Todos eles foram justificados, tendo depositado a sua fé na expiação de Cristo. Todos estão louvando a Deus. E todos eles têm orado rogando a salvação da parte de Deus. Não ter orado é estar sem Deus, Cristo, e o Espírito Santo, bem como a esperança e a realidade do céu.
Em segundo lugar, uma das mais seguras marcas do crente é sua vida de oração. Uma pessoa pode orar, e mesmo assim não ser um crente, mas é impossível que alguém seja um crente mas não ore. romanos 8.15 diz-nos que a adoção espiritual que nos tornou filhos de Deus leva-nos a clamar em expressões verbais: "Aba! Pai". A oração é, para o crente, o que a respiração é para a vida; e, no entanto, nenhum dever do crente é tão negligenciado quanto esse.
A oração, pelo menos a oração privada, é difícil de realizar com base em algum falso motivo. Um homem pode pregar movido por um falso motivo, como fazem os profetas falsos; uma pessoa pode estar envolvida em atividades cristãs com base em algum falso motivo. Muitas das externalidades da religião podem estar envolvidas em algum falso motivo; mas é altamente improvável que alguém possa comungar com Deus com base em algum motivo impróprio. O capítulo sete de Mateus diz-nos que, nos "últimos dias" os homens se assentarão no julgamento e dirão a Cristo sobre grandes e nobres feitos realizados em Seu nome, mas a resposta Dele será que Ele não os conhece.
Por conseguinte, somos convidados, e até ordenados, a orar. A oração tanto é um privilégio quanto é um dever, e qualquer dever pode tornar-se laborioso. A oração, tal como qualquer meio de crescimento, requer trabalho da parte do crente. Em certo sentido, a oração não é algo natural para nós. Embora tenhamos sido criados para desfrutar de comunhão com Deus, os efeitos da queda têm deixado a maioria de nós preguiçosos e indiferentes para algo tão importante como a oração. O renascimento desperta um novo desejo para termos comunhão com Deus, mas o pecado resiste ao Espírito Santo.
Podemos consolar-nos diante do fato que Deus conhece nossos corações e ouve nossas petições não expressas mais do que as palavras que emanam de nossos lábios. Sempre que formos incapazes de exprimir os profundos sentimentos e emoções de nossas almas, ou quando nos mostramos inteiramente obscuros sobre o que e pelo que deveríamos orar, o Espírito Santo intercede por nós. Lemos no trecho de Romanos 8.26-27: "Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos". Quando não sabemos como orar, ou sobre o que orar, em uma dada situação, o Espírito Santo nos vem ajudar. Há razões para crermos, a partir desse texto da epístola aos Romanos, que se orarmos incorretamente, o Espírito Santo corrigirá o erro em nossas orações antes de levá-las à presença do Pai, pois o versículo vinte e sete estipula que Ele "intercede por nós sobremaneira, segundo a vontade de Deus".
A oração é o segredo da santidade - se é que a santidade, na verdade, envolve qualquer coisa de secreto. Se examinarmos as vidas dos grandes santos da igreja, descobriremos que eles foram grandes pessoas da oração. João Wesley observou de certa feita que ele não pensava grande coisa dos ministros que não passassem pelo menos quatro horas por dia em oração. Lutero disse que orava regularmente uma hora por dia, exceto quando tinha algum dia particularmente atarefado. E, nesses dias, orava duas horas.
A negligência na oração é uma das principais causas da estagnação na vida cristã. Consideremos o exemplo de Pedro, em Lucas 22.39-62. Jesus subiu ao monte das Oliveiras para orar, conforme era de seu costume, e disse aos Seus discípulos: "Orai, para que não entreis em tentação". Em vez de orarem, os discípulos ferraram no sono. A próxima coisa que Pedro fez foi tentar enfrentar o exército romano com sua espada; em seguida, ele negou a Cristo. Pedro não orou, e, em resultado disso, caiu em tentação. E o que sucedeu a Pedro, sucede também conosco todos: caímos em particular, antes de cairmos publicamente.
Haverá algum tempo certo ou errado para orarmos? Isaías 50.4 fala sobre a manhã como o tempo quando Deus dá o desejo de orar numa base diária, renovando assim a nossa confiança em Deus. Mas também existem outras passagens bíblicas que falam em tempos de oração, durante todas as horas do dia. Nenhum horário do dia é separado como sendo mais santificado do que outro. Jesus orou pela manhã, durante o dia, e , algumas vezes, orou a noite inteira. Mas também há evidências de que ele tinha um tempo marcado para dedicar-se à oração; entretanto, considerando a relação que Jesus mantinha com o Pai, sabemos que a comunhão entre eles nunca cessava.
A passagem de 1 Tessalonicence 5.17 ordena-nos a orar sem cessar. Isso significa que devemos estar em um contínuo estado de comunhão com nosso Pai.

Retirado do Livro: Discípulos Hoje
RC Sproul - Editora Cultura Cristã - Pág.: 81 a 84

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