CONTRIBUIÇÕES
Amados irmãos e irmãs, a paz de Cristo. Se for da sua vontade, e direção do Senhor em sua vida, contribuir com este ministério, mantemos a conta abaixo para contribuições à nossa igreja. Antecipadamente, agradecemos a todos pelo carinho e amor, e rogamos as ricas bênçãos do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo sobre vós. Um forte abraço. Pr. Airton Williams -Banco Sicoob (756) , Agência 4332, Conta 4428-8 - CNPJ 33.413.053/0001-93 em nome da Igreja Cristã de Confissão Reformada. Quaisquer dúvidas, peço a gentileza de que entrem em contato: iccreformada@gmail.com
quarta-feira, 30 de março de 2016
NOSSA RESSURREIÇÃO EM CRISTO
Amados, este vídeo foi gravado durante o Culto do dia 27 de Março de 2016, Páscoa. Nele Pr. Airton ministra na Primeira Epístola de Pedro, capítulo 1 a partir do versículo 3.
VÍDEO - CONHECENDO A JESUS PARA UM VIVER RENDIDO A DEUS E MOLDADO POR SUA IMAGEM REVELADA EM CRISTO 8
Amados Irmãos, este vídeo foi gravado durante o Culto do dia 20 de Março de 2016, ministrado pelo Pr. Airton Williams, em Hebreus 1.1-4 . Ele faz parte do estudo que é nosso desafio espiritual para o ano de 2016.
terça-feira, 22 de março de 2016
TEXTO - CONHECENDO A JESUS PARA UM VIVER RENDIDO A DEUS E MOLDADO POR SUA IMAGEM REVELADA EM CRISTO 6 e 7
CONHECENDO
A JESUS PARA UM VIVER RENDIDO A DEUS E MOLDADO POR SUA IMAGEM REVELADA EM
cRISTO
Hebreus
1.1-4
1.
Antigamente, muitas vezes e de muitas
formas, Deus falou aos pais, pelos profetas. 2. Nos dias finais, nos falou no Filho a quem constituiu herdeiro de todas
as promessas que Deus havia prometido ao seu povo, por meio de quem, também,
criou o universo. 3. Ele, que é
resplendor da glória e expressão exata de Deus, sustentando todas as coisas com
sua palavra de poder, depois de realizar o rito de purificação dos pecados,
assentou-se à direita da Majestade nas alturas. 4. Assim, ele se tornou tão superior aos anjos, quanto é mais excelente o
nome que recebeu.
Jesus:
a plena revelação de deus aos homens
1.
Antigamente, muitas vezes e de
muitas formas, Deus falou aos pais, pelos profetas. 2. Nos dias finais, nos falou no Filho
Jesus é a plena
revelação de Deus aos homens! Diante das dúvidas
sobre a pessoa de Jesus, quem ele é, de fato, o escritor de Hebreus começa com
a afirmação ousada de que “nos dias finais, (Deus) nos falou no Filho”.
Todavia, esta afirmação poderia se basear em mera especulação mística ou
pragmática, como já observamos.
Se este fosse o caminho
adotado por nosso escritor, os judeus na comunidade para quem destinava seu
escrito facilmente o rejeitariam por terem sido ensinados que Deus tinha
estabelecido um modus operandi claro, discernível, sobre o reconhecimento do
seu ser e sua vontade.
Assim, a fim de
estabelecer que Jesus é a revelação final de Deus aos homens, o texto
reestabelece aqueles que eram, e sempre foram, os fundamentos da forma de Deus
falar e tornar conhecido o seu ser e sua vontade aos homens, a fim de
demonstrar que Jesus é a plenitude de tal revelação.
Partindo da expressão
grega o` qeo.j lalh,saj, a saber, “Deus
falou”, o escritor de Hebreus reafirma que toda a verdade, principalmente a que
se refere a Jesus, deve ser vista e encontrada a partir da Palavra de Deus. É
interessante observar que o texto segue estruturas gramaticais gregas bem
definidas, o que permite o entendimento de que ao usar o verbo “falar” no
particípio aoristo o autor estava declarando compreender e aceitar que a voz do
Senhor, conhecida em outras eras, fora definitiva, concluída em cada período, e
que não estava aberta a novas revelações.
Tendo isto em mente, o
escritor de Hebreus nos aponta as duas formas reconhecíveis do falar de Deus
aos homens: aos pais, pelos profetas.
Deus falou aos pais
É interessante que
nosso autor tenha começado sua linha de raciocínio por esta afirmação: “aos
pais”. Digo isto porque, como cristãos reformados, somos logo tentados a
afirmarmos a supremacia das Escrituras em todo processo da revelação divina.
Todavia, o texto estabelece uma linha clara da forma como a Escritura chegou às
nossas mãos: Deus falou aos pais.
Quando o escritor
utiliza a palavra grega patra,sin, “pais”
(grego pathr), ele aponta para duas questões extremamente importantes no
entendimento da revelação de Deus e que hoje negligenciamos, e mesmo
desprezamos, por causa do nosso preconceito com algumas doutrinas da Igreja
Católica Apostólica Romana, a saber:
ü Que
o falar de Deus aos homens se deu de forma escriturística por meio de uma
comunidade de fé que Ele escolheu para ser a portadora e preservadora de sua
Palavra.
ü Que
o sentido, significado, da Palavra de Deus é encontrado não somente por meio de
uma exegese acurada, mas em conformidade com a tradição hermenêutica da
comunidade de fé portadora e preservadora da sua Palavra.
Examinemos, então,
estas questões.
Deus escolheu uma comunidade de fé
para revelar a sua Palavra
Toda a verdade de Deus
foi revelada a um povo que Ele escolheu, soberanamente, para si. Todavia,
quando falamos na “escolha” de Deus, é importante compreender que a mesma não
se deu a partir dos povos existentes, mas a partir da sua decisão de criar um
povo para si (Gn 12.1; 17.1-8), a saber, Israel.
Foi a este povo que o
santo Deus decidiu revelar a plenitude da sua Palavra e nos trazer o seu Filho
amado Jesus, a redenção da história humana. E este povo, por sua vez, preservou
não somente a Palavra revelada, como também o significado de tal Palavra para
futuras gerações.
Quando Cristo Jesus
cumpre sua missão, ele entrega aos apóstolos a responsabilidade pelo término da
transmissão de sua Palavra (Jo 14.25-26; At 1.1-2). A partir de então, um novo
Israel assume a responsabilidade de preservar não somente os escritos, mas
também o significado do colegiado apostólico, a saber: a igreja.
Ao pontuarmos isto
estamos apontando para um fato importante que está presente na frase “Deus
falou aos pais”: Deus sempre se fez conhecido e conhecida a sua Palavra dentro
da comunidade de fé que ele escolheu para si. É isto que teologicamente
chamamos de Tradição da Igreja.
Por causa do nosso
ranço teológico com a Igreja Católica Romana, e também por causa do abuso da
doutrina promovido por esta, quando cristãos protestantes e evangélicos ouvem
falar de Tradição da Igreja lhes dá uma sensação de repúdio, de
rejeição, como se fosse algo puramente humano e que se colocaria em oposição à
doutrina do Sola Scriptura.
Mas quando examinamos a
Escritura Sagrada, observamos que tal doutrina está em plena conformidade com
os ensinos bíblicos. Paulo, várias vezes, fundamentou sua argumentação de
acordo com esta tradição (Rm 1.1-2; 4.19); Pedro também fez o mesmo (1Pe 3.18-21).
Além disso, Paulo a menciona de forma prática para o nosso crescimento
espiritual (2Tm 2.14; ______)
Olhando para o uso que
o escritor de Hebreus faz desta frase podemos compreender que ele esteja
mostrando aos seus leitores que toda a sua discussão sobre a pessoa de Jesus se
dará respeitando esta tradição; que seus argumentos não estariam baseados numa
elucubração pessoal ou fundamentados em fontes não autorizadas. Por isso,
encontramos no texto elementos de debates pautados no ensino da tradição (o caso
dos anjos, 1.5-2.16; o simbolismo do sétimo dia como descanso final dos santos,
4.1-13; Melquisedeque, 7.1-3), e na fundamentação escriturística
veterotestamentária (e.g. as várias citações e alusões ao do Antigo Testamento,
sem apelar para nenhuma fonte extra, mas somente a que era aceita pela tradição
da comunidade da fé).
Antes de analisarmos
riqueza da tradição da igreja, gostaria de salientar um ponto fundamental:
quando falamos de tradição da igreja nos referimos à tradição do povo de Deus,
ou seja, uma tradição que inclui Israel e o cristianismo. Um
entendimento correto da verdade de Deus precisa contemplar a tradição de ambos
os testamentos, tendo em mente:
ü A
revelação progressiva, ou seja, que o Novo Testamento é o ápice de todo o
processo da revelação, ou seja: o Novo Testamento são os óculos para se
entender o Antigo.
ü O
fundamento hermenêutico do Antigo Testamento para o Novo, ou seja: o Novo
Testamento só faz sentido à luz da teologia-promessa do Antigo Testamento.
Tendo considerado isto,
temos condições de analisar a riqueza da tradição eclesiástica para a
descoberta e entendimento da verdade de Deus que se revela de forma plena em
Jesus.
A primeira riqueza diz
respeito ao fato de que foi por meio desta comunidade de fé que Deus revelou os
livros sagrados que dão certeza da verdade para os fiéis.
Ao longo da caminhada
de fé, muitos escritos surgiram requerendo para si o status de inspirados, ou
seja, que possuíam a autoridade de Deus para serem observados e praticados;
todavia, quando comparados aos autênticos textos inspirados, mostravam-se
falhos ou falsos em seus ensinamentos.
No Antigo Testamento
temos o caso dos 7 livros a mais chamados de Deutero-canônicos pela Igreja Católica Romana e os textos apocalípticos do período interbíblico (um período marcado pelos
estudiosos bíblicos a partir do ano 400 a.C., quando se percebe um silêncio na
revelação das Escrituras). A questão é complexa, por isso, a Igreja Católica
Romana não pode ser acusada de ter acrescentado estes sete livros, pois uma lista
de 66 livros era conhecida da igreja cristã ocidental no início do cristianismo
primitivo. Mas o que levou os reformadores a desconfiar que algo estava errado
é que esta lista não era reconhecida pela comunidade de fé à quem o Senhor
havia revelado a sua Palavra, ou seja, a comunidade judaica. Esta possuía uma
lista que equivale aos 39 livros que reconhecemos como inspirados. A Igreja
Católica sabe disso, mas toma para si a prerrogativa de ser a comunidade
responsável pela Escritura, e não a comunidade judaica. Mas se nos mantivermos
dentro da lógica, é óbvio que o texto sagrado vererotestamentário foi
reconhecido e preservado por esta, e não por aquela.
No caso do Novo
Testamento temos o caso dos chamados Livros
Apócrifos, defendido por teólogos liberais como fonte segura e necessária
para compreendermos na somente os primórdios do cristianismo, mas também sobre
o Jesus Histórico. Filmes como “O Código da Vinci” e artigos que saem em
revistas pseudo-científicas como “Galileu”, “Super-Interessante” e afins se
baseiam neste tipo de literatura.
Neste caso, é
importante frisar que a comunidade cristã primitiva, ou seja, comunidades que
foram formadas, confirmadas e firmadas pelos apóstolos, não reconheciam tais
textos por serem “falsos” (significado grego da palavra “apócrifo”, escritos
falsos). Isto significava que tais textos não somente ensinavam outro evangelho
(e.g. gnosticismo), como eram carregados de fantasias em suas histórias, longe
da sobriedade das narrativas do Novo Testamento.
Além disso, podemos acrescentar
outro sério problema aos escritos apócrifos: o que nos parece mais confiável,
um texto que tenha sido escrito junto ou próximo aos eventos que descreve,
permitindo contestação imediata, ou textos que foram escritos muito tempo
depois, quando as testemunhas oculares já tinham morrido à, no mínimo, 3
gerações? Esta é outra razão pela qual os textos apócrifos não foram aceitos,
pois datavam do final do primeiro século da era cristã, muito distante dos
eventos que pretendia descrever.
Mas outros textos sugiram
e foram usados para o crescimento e amadurecimento do povo de Deus. Tirando o
aspecto revelacional, no Antigo Testamento os 7 livros a mais, os Deutero-Canônicos eram, e são até hoje,
muito respeitado entre os judeus (os reformadores também os respeitavam), por
serem livros considerados “inspirativos” para a fé. No Novo Testamento também
tivemos este fenômeno. Livros como Pastor
de Hermas, Epístola de Barnabé, Didaché, entre outros, também foram
usados por cristãos primitivos como instrutivos, inspirativos. Mas como saber o
que era inspirado e inspirativo?
Novamente, a comunidade
da fé nos deixou a tradição clara de reconhecimento. No caso do Antigo
Testamento teria que estar em conformidade com a Torá e a revelação
progressiva. No caso do Novo Testamento teria que estar em conformidade com os
Apóstolos e a revelação progressiva.
Penso que isto seja
suficiente para entendermos a riqueza da tradição da igreja para o nosso
entendimento não somente da fé, mas do Senhor Jesus. Foi por meio dos
pais que Deus proveu os documentos certos para o entendimento de quem é
Jesus. É neste sentido que o escritor de Hebreus usa a expressão “Deus nos
falou nos pais...”. A idéia é que seu discurso (o Livro de Hebreus) estaria
totalmente fundamentado nesta tradição, nada seria inventado, apenas reafirmado
à luz do evento Jesus.
Por isso, se queremos,
realmente, conhecer Jesus, precisamos definir qual será a fonte de pesquisa e
qual sua confiabilidade. Tanto o Antigo Testamento quanto o Novo dão testemunho
não somente de sua confiabilidade histórica, como também do seu selo divino,
pois são livros inspirados. E se almejamos conhecer, de fato, a Cristo,
precisamos nos ater à revelação das Escrituras, e tão somente das Escrituras
para estabelecermos a verdade. Textos extra-bíblicos serão considerados quando
em conformidade com a Sagrada Escritura, mesmo assim, como ilustrações, nunca
como fonte de verdades.
A segunda riqueza diz
respeito ao fato de que foi por meio desta comunidade de fé que Deus preservou
o significado de suas Palavras.
quinta-feira, 17 de março de 2016
O PAPEL DA IGREJA DIANTE DA CRISE POLÍTICA
Irmãos, este vídeo foi gravado durante o Culto de nossa Igreja, no dia 13 de Março, nele, Pr. Airton nos convida a refletir, e agir, diante da crise política que assola nosso país.
VÍDEO - CONHECENDO A JESUS PARA UM VIVER RENDIDO A DEUS E MOLDADO POR SUA IMAGEM REVELADA EM CRISTO 7
Amados Irmãos, este vídeo foi gravado durante o Culto do dia 13 de Março de 2016, ministrado pelo Pr. Airton Williams, em Hebreus 1.1-4 . Ele faz parte do estudo que é nosso desafio espiritual para o ano de 2016.
sexta-feira, 11 de março de 2016
ATÉ QUANDO OS INSENSATOS ODIARÃO O CONHECIMENTO 4
Amados, este vídeo foi gravado durante o Culto de Estudo, ministrado pelo Pr. Airton no dia 02 de Março de 2016. Este vídeo continua nosso estudo sobre Provérbios, Capítulo 1, versículos 20 a 33.
VÍDEO - CONHECENDO A JESUS PARA UM VIVER RENDIDO A DEUS E MOLDADO POR SUA IMAGEM REVELADA EM CRISTO 6
Amados Irmãos, este vídeo foi gravado durante o Culto do dia 06 de Março de 2016, ministrado pelo Pr. Airton Williams, em Hebreus 1.1-4 . Ele faz parte do estudo que é nosso desafio espiritual para o ano de 2016.
segunda-feira, 7 de março de 2016
VÍDEO - CONHECENDO A JESUS PARA UM VIVER RENDIDO A DEUS E MOLDADO POR SUA IMAGEM REVELADA EM CRISTO 5
Amados Irmãos, este vídeo foi gravado durante o Culto do dia 28 de Fevereiro de 2016, ministrado pelo Pr. Airton Williams, em Hebreus 1.1-4 . Ele faz parte do estudo que é nosso desafio espiritual para o ano de 2016.
TEXTO - CONHECENDO A JESUS PARA UM VIVER RENDIDO A DEUS E MOLDADO POR SUA IMAGEM REVELADA EM CRISTO 5
CONHECENDO
A JESUS PARA UM VIVER RENDIDO A DEUS E MOLDADO POR SUA IMAGEM REVELADA EM
cRISTO
Hebreus
1.1-4
1.
Antigamente, muitas vezes e de muitas
formas, Deus falou aos pais, pelos profetas. 2. Nos dias finais, nos falou no Filho a quem constituiu herdeiro de todas
as promessas que Deus havia prometido ao seu povo, por meio de quem, também,
criou o universo. 3. Ele, que é
resplendor da glória e expressão exata de Deus, sustentando todas as coisas com
sua palavra de poder, depois de realizar o rito de purificação dos pecados,
assentou-se à direita da Majestade nas alturas. 4. Assim, ele se tornou tão superior aos anjos, quanto é mais excelente o
nome que recebeu.
Jesus:
a plena revelação de deus aos homens 3
1.
Antigamente, muitas vezes e de
muitas formas, Deus falou aos pais, pelos profetas. 2. Nos dias finais, nos falou no Filho
Em nosso último sermão
declaramos que deus sempre fez conhecida a sua palavra por meio de um
modus operandi claro: nos pais, pelos profetas. É por meio
deste modo claro, discernível, que todo ser humano, principalmente os crentes,
podem compreender quem é Jesus.
Este modus
operandi é ensinado pelo autor de Hebreus na frase “Deus
falou aos pais, pelos profetas. Como vimos no sermão anterior, isto
ocorre dentro de um processo revelacional em que, paulatinamente, Deus vai
tornando clara a sua mensagem e a revelação do messias.
Todavia, antes de
considerarmos o ensinamento desta frase e entendermos, assim, como Deus procede
sua revelação, convém examinarmos dois grande perigos que nos impedem, e muitas
vezes nos cegam, quanto ao entendimento da verdade de Deus: o misticismo
e o pragmatismo.
Numa conversa com meu
irmão, pastor Alex, e com outro amigo, pastor Paulo Ribeiro, ouvi a história de
um pastor na Bahia que alegava buscar uma estratégia de Deus para a
evangelização de sua cidade. Então, o Senhor Deus teria falado com ele dizendo
algo do tipo: “Meu filho, monte uma escola de samba na sua igreja e participe
do carnaval para evangelizar as pessoas”. Assim, após ter “ouvido a voz” do
Senhor, este pastor montou a escola de samba na sua igreja e a inscreveu para
participar dos desfiles.
Como conseqüência de
sua obediência, sua igreja ganhou o desfile das escolas de samba daquele lugar,
e isto por 5 anos consecutivos. Vendo que a escola de samba daquela igreja era
imbatível, as demais desistiram de desfilar e, segundo o relato, o carnaval
acabou naquela cidade.
Posso ouvir um “glória”
por esse tristemunho? Sinceramente, espero que não, ainda que algumas igrejas
estejam se empolgando com este tipo de relato. O que há de errado com o que foi
descrito aqui? Supondo que seja verdade (e eu não sei da veracidade da
história, sou cético com estas coisas), por que não nos regozijamos e nos
alegramos com a suposta obediência deste pastor e os resultados obtidos?
Não nos alegramos
porque algo está errado na forma como supostamente Deus falou com este
pastor: o modus operandi
de deus falar foi totalmente ignorado. É interessante observar
como a geração evangélica moderna estabeleceu novos paradigmas do falar de Deus
aos homens e esqueceu de criticar, biblicamente, tais paradigmas.
O que nos foi proposto
no relato acima é o que chamamos de modo místico de Deus falar. De uma
forma simples, o misticismo significa uma
busca de comunhão com a divindade através da experiência divina ou intuitiva.
Com o ressurgimento desta prática pagã de Deus falar nas igrejas, passamos
a acreditar que Deus fala diretamente conosco sem a necessidade de mediação das
Escrituras Sagradas. Basta estarmos em oração, num processo de santificação
e meditação que passaremos a ouvir a voz de Deus diretamente.
Interessante, ainda, é
que nem precisamos examinar as motivações das nossas orações e motivações (se
são aceitáveis ou não aos olhos de Deus). No caso do pastor mencionado, sua
motivação e oração era o crescimento da igreja, e isto era suficiente para que
ele julgasse ter sido a voz de Deus que o instigou a agir daquela forma. Mas se
considerarmos as Escrituras dentro dos seus próprios contextos, não veremos
Deus nos ensinando a buscarmos tal crescimento. Somos ensinados a pregar o
evangelho que chame os homens ao arrependimento, levando-os a confiar suas
vidas a Cristo Jesus. Crescimento de igreja não está sujeito à nossa ação, mas
à ação do Espírito Santo de Deus, que agirá redimindo o número dos eleitos do
Senhor (Atos 2.39). É neste sentido que devemos ler Atos 2.47b: “Enquanto isso,
acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”.
Observe que a igreja em
Atos apenas pregava o evangelho do reino; não havia estratégias para
crescimento e nem preocupação com isto. Como resultado da pregação, o contexto
inicial diz que “perseveravam unânimes na doutrina dos apóstolos e na comunhão,
no partir do pão e nas orações” (v.42). Como resultado, havia temor em seus
corações; viviam juntos e tinham tudo em comum (v.43,44). Enquanto isso acontecia
entre eles, O SENHOR DEUS ACRESCENTAVA os que iam sendo salvos. Perceba,
aqueles irmãos não faziam isto como estratégia, mas era o seu estilo de vida
mediante o evangelho, e o Senhor Deus, por iniciativa soberana, não
constrangido a isso, acrescentava-lhes os que iam sendo salvos.
Quando entendemos isto,
não buscamos a Deus com orações tolas que revelam as necessidades pecaminosas
de reconhecimento do nosso ministério diante dos outros. Não pediremos a Deus o
que desejamos, mas pediremos aquilo que agrade ao Senhor em nossas vidas.
Muitas pessoas têm sido
enganadas com supostas vozes de Deus por ignorar, totalmente, a mediação da sua
Palavra, pois o que lhes basta é a mediação das ambições dos seus próprios
corações, ou suas angústias pessoais. Então, seus corações produzem vozes e
passam a dizer que Deus falou com elas. Entenda o que estou dizendo! Preciso
ser bem claro e específico aqui! Nossos corações, por causa de suas
ambições ou angústias, reproduzem vozes “audíveis” em nossos ouvidos que
julgamos ser de Deus, mas que nada tem a ver com Deus, e passamos a guiar
nossas vidas, nossas decisões por estas vozes interiores que nos afastam,
realmente, do senhor e sua vontade.
Nenhuma revelação de Deus
procederá dele sem a mediação das Escrituras Sagradas. Isto significa que se
Deus falou algo, de fato, a mim, a Bíblia será testemunha da verdade desta voz.
Tomando o caso, novamente, daquele pastor na Bahia, a quem Deus manda fazer uma
escola de samba para a evangelização daquela cidade, como ficam os textos
sagrados que nos ensinam a nos afastarmos do mundo com sua devassidão?
Observemos: Dt 7.1-5; Jo 17.14-18; Tg 4.4; 1Jo 2.15-17. Onde, nas Escrituras
Sagradas, temos autorização da parte de Deus para santificarmos aquilo que é
pecado? Nosso chamado é para chamar para fora (grego ekbalew)
deste mundo os pecadores e não para nos misturarmos com sua cultura ofensiva a
Deus.
Por rejeitarmos o modus
operandi de Deus falar, pastores têm prostituído a igreja do Senhor
Jesus com práticas pagãs, desonrosas ao nome de Deus e permissivas sexualmente,
trazendo vergonha ao bom e santo nome de Cristo, de quem fala toda a revelação
das Escrituras.
Deus não fala conosco sem a mediação das
Escrituras. Entenda isto. Nenhuma voz será a genuína voz do senhor
sem a mediação das escrituras. Preciso afirmar isto de forma
enfática, pois após esta conversa, o pastor Alex me expôs outra situação em que
um pastor auxiliar, mantendo-se fiel à voz do Senhor mediante a Escritura, ouviu
de seu titular algo do tipo: “Nós não podemos fazer somente aquilo que a Bíblia
diz”, ao que reagiu reafirmando sua fé na suficiência das Escrituras, e
provavelmente será demitido como preço do seu amor a Deus e sua Palavra.
Quando o pastor Alex me
contou esta última história, lembrei de minha situação quando pastoreei, como
auxiliar uma igreja no sul de São Paulo, cujo titular era um homem sem nenhum
compromisso com a verdade de Deus, mas totalmente comprometido com o famigerado
movimento de crescimento de Igreja. Ali, em 1998, pedi demissão na metade do
ano, pois não estava disposto a aceitar falsas vozes em nome de Deus para
conduzir minha vida e ministério. E posso lhe dizer que foi a melhor decisão
tomei na minha vida.
Dois anos depois,
aquela igreja enfrentou uma crise terrível que quase a destruiu, e fui
convidado a voltar lá onde pude expor para eles a necessidade de ouvirem
somente a voz de Deus mediada por sua Palavra.
Quando a voz do Senhor
se confunde com o misticismo, a revelação do verdadeiro Cristo fica
comprometida. Abrimos mão de uma bússola segura, infalível, clara e objetiva, a
Palavra de Deus. Não é sem razão que muita coisa que se ensina sobre Jesus nas
igrejas atuais não passam de devaneios de seus líderes, que sem conhecimento das
Escrituras expõem um Cristo segundo as ambições e frustrações dos seus
corações.
Não importa quão emocionante seja o
testemunho; não importa se ele lhe toca e até mesmo lhe faz chorar; não importa
a aparência de veracidade. Se não for mediado pela Escritura, que seja anátema,
maldito, aquele prega outro evangelho!
Voltando ao relato do
pastor na Bahia, um segundo modus operandi de Deus falar é
identificado: Pragmatismo. A razão para acreditar que Deus, de fato, havia
revelado aquela aberração de mensagem é que alguns anos depois o carnaval
acabou naquela cidade. A lógica, então, é: Porque deu certo, só pode ter vindo
de Deus. Será? Examinaremos isto no próximo sermão.
Pr. Airton Williams
quinta-feira, 3 de março de 2016
E COMEÇA A OBRA...
Há sete anos, nove pessoas se
reuniram em torno de uma pergunta: “qual a igreja perfeita?” Durante estes anos, crescemos, amadurecemos e
hoje esta pergunta já não importa mais. Hoje, cientes de que a nossa
necessidade não é a de uma igreja perfeita, até por que ela não existe; nossa
necessidade, como igreja, é tão somente difundirmos o Evangelho do Senhor: “Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do
Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no
seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas,
repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.” 2ª Timóteo 4.1-2. Para isto, temos buscado aperfeiçoarmos nossas
vidas, como Servos do Deus altíssimo, buscando seguir seus ensinamentos,
através da Sua Palavra.
Hoje, se inicia mais uma parte de
nossa caminhada como igreja, começam as obras para a construção de nosso
templo. É uma parte importante de nossa caminhada, pois entendemos que é
chegada a hora de nos apresentarmos para a comunidade, como igreja do Senhor,
como Igreja Cristã de Confissão Reformada – ICCR.
Nossa igreja estará situada na Comercial
Norte - Taguatinga/DF, esperamos que nosso templo tenha cara de igreja, de Templo. Claro,
esperamos que possamos edificar ali, naquele local, um verdadeiro espaço para
adoração ao Senhor, e que juntos, como Igreja de Cristo, possamos realizar a
obra para a qual Ele nos chamou e que ao final desta caminhada, possamos fazer
como Paulo, que disse: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.”
2ª Timóteo 4.7
Ainda há muito a ser feito, não só
na construção da igreja, mas na sua condução, na condução de nossas vidas,
pedimos ao Senhor que nos oriente, instrua, que Ele mesmo guie nossos passos,
nossas vidas e coloque no meio de nós, aqueles a quem Ele escolheu.
Talvez você deseje nos ajudar
nesse processo, se você puder, se o Senhor tocar o seu coração, entre em
contato, toda ajuda será bem vinda. Sabemos que a obra é dEle e é para Ele que
a realizamos, agradecemos a todos que puderem e quiserem colaborar e somos
gratos, por que até aqui nos ajudou o Senhor, e temos a plena certeza, de que
Ele continuará a nos ajudar.
Abaixo, desenho de como será a
fachada de nossa igreja.
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