CONTRIBUIÇÕES

Amados irmãos e irmãs, a paz de Cristo. Se for da sua vontade, e direção do Senhor em sua vida, contribuir com este ministério, mantemos a conta abaixo para contribuições à nossa igreja. Antecipadamente, agradecemos a todos pelo carinho e amor, e rogamos as ricas bênçãos do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo sobre vós. Um forte abraço. Pr. Airton Williams -Banco Sicoob (756) , Agência 4332, Conta 4428-8 - CNPJ 33.413.053/0001-93 em nome da Igreja Cristã de Confissão Reformada. Quaisquer dúvidas, peço a gentileza de que entrem em contato: iccreformada@gmail.com

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

“Não andeis ansiosos por coisa alguma”

“Não andeis ansiosos por coisa alguma” - Pastor Thiago

Na nossa fria e explosiva sociedade religiosa, encontramos praticamente tudo o que nos propomos a procurar. Seja do concreto ao abstrato; seja barulhento, ou seja, silencioso; seja bonito ou não; seja introvertido ou extrovertido; sisudo ou atrapalhado; bíblico ou herético. Tudo parte de nossos corações. E quantos são os corações desejosos por religião? Quantos são os corações sedentos por igrejas? Quantos são os corações prostrados por templos exuberantes? E quantas são as minúcias que podemos evocar sobre um povo que se alto denomina “povo de Deus”! Hoje meu propósito é falar de igreja, talvez seja porque estou vivendo uma realidade impar em minha vida. Um fato que já era esperado e arquitetado há alguns dias. E por ser aguardado, esperava-se que muitas coisas estavam sobre controle, mas como diz Galvão Bueno: “Uma coisa é chegar... outra é ultrapassar”. Igreja ao meu ponto de vista hoje, que não é o mesmo de alguns dias atrás, é simplesmente uma instituição teocrática. Sim, sei que muitos não vão concordar com o termo “instituição”, já que, dá um ar de negócio, corporativismo ou uma nomenclatura contemporânea distorcida, mas quando chamo a igreja de instituição, quero dizer: um povo, um grupo de pessoas que professam Deus. E o termo teocracia é muito mais difícil de engolir. Pois ao olharmos para o Antigo Testamento, veremos que viver nesse governo não é nada fácil. Ler os Atos dos Apóstolos ou Atos do Espírito Santo de forma correta, irá nos revelar que o reino de Deus é muito complexo e exigente. Exigente ao ponto que termos que obedecer a Deus em tudo. E as igrejas hodiernas, aspiram ou conhecem o prazer dos mandamentos de Deus? Ou tais leis é uma sabura? Há alguns anos venho contemplando mais de perto a vida eclesiástica e percebo a miscigenação da fé. A muvuca de igrejas e suas doutrinas. A idiossincrasia dos fiéis muda a cada revelação bombástica de seus sacerdotes iletrados. E as igrejas atuais estão tendo como pastores homens que nunca foram ao seminário, homens que nunca leram a bíblia inteira, homens que nunca jejuaram, homens que nunca compreenderam o que eles mesmos estão ensinando. Com essas informações, logo vem o questionamento mais natural possível: Será que não devo ficar ansioso por tal quadro? Ainda não, ainda existem mais informações malévolas. Quantos são os homens que se dizem pastores, mas são administradores? Ou pior, quantos são os que se dizem pastores e são animadores? Pior ainda, quantos são os que se intitulam pastores, mas são fraudadores, roubadores, tarados, mentirosos e gananciosos? Bem que poderia ser uma invenção do meu escrevinhar. Mas nesses dias foi divulgado um pastor que abusou de cinco crianças em uma cidade satélite de Brasília. Ontem ouvi uma pérola de ensinamento pastoral que fiquei perplexo: “a criança não é batizada porque não têm pecado, só existe pecado a partir dos doze anos de idade”. Bíblia sendo vendida a novecentos reais! Dias marcados para acontecer milagres! Os milagres e as profecias mentirosas que estão sendo desvendadas e expostas na internet para todos verem! Sacerdócio feminino! Pastores homossexuais! Apresentação de crianças! Dízimo como chave que abre a porta do cofre celestial... Por incrível que pareça, essas práticas não estão vindo de presídios, terreiros de macumba ou de qualquer outro lugar estranho, e sim das igrejas. Será correto questionar a plausibilidade de estar ansioso? Percebo não só em mim, mas em alguns de maus irmãos, a síndrome de Elias: “Tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só e procuram tirar-me a vida”. 1 Reis 19.14. São momentos em que olhamos ao redor e não encontramos mais ninguém que vivencie a simplicidade e a seriedade do evangelho pregoado por nosso Senhor e Salvador Jesus. No entanto, eu tive o privilégio de conhecer algumas comunidades cristãs que ainda estão entre os sete mil joelhos que não se prostraram aos demônios em forma de deuses. E acho que não seria antiético citar esses heróis: Igreja Assembleia de Deus, quadra dois, PR Josias. É, por incrível que pareça, uma assembleia! Igreja Presbiteriana, Núcleo Bandeirantes, PR Vulmar. Igreja Presbiteriana, Taguatinga Norte, PR Ricardo. Igreja Presbiteriana, Colônia Agrícola Samambaia, PR Eliene. Episcopal Carismática do Brasil, Taguatinga Norte, PR Airtom. É triste, mas são esses os poucos joelhos que tenho como referência. Como Pessoa, tenho ainda que me dobrar a outro nome que é para mim exemplo de vida e ministério. Principalmente como pastor de Igreja, PR Walbert, meu doutrinador e sua esposa Joelma. Pais na fé. Também sei que muitos irão se perguntar, e consequentemente me perguntar: E a igreja que você está pastoreando, não pode ser contada entre os joelhos que não se prostraram? Sim... Vejo meus paroquianos crescendo diante de Deus, aprendendo a cada dia as doutrinas do nosso Senhor e procurando praticar. Mas nós nascemos agora, ainda temos muito a desenvolver e observar de poucos, para daqui alguns dias nós também venhamos ser observados, e permita o Senhor nosso Deus, que sejamos exemplo de vida reta, não de “reteté”! Diante desses minúsculos dados assustadores, não vejo motivo para ficar ansioso. Ao ler o Antigo Testamento, é perceptível que a minoria sempre foi o povo de Deus. Os injustiçados sempre foram o povo de Deus. Os perseguidos sempre foram o povo de Deus. Os humilhados sempre foram o povo de Deus. Os sofredores sempre foram o povo de Deus. E, contudo, quem esteve com Deus? Ainda assim, quem foi protegido por Deus? Mais ainda, Quem foi chamado por Deus? Incontestavelmente, quem foi vencedor? Lendo e olhando o Novo Testamento, os apóstolos, a igreja primitiva, os reformadores e a história da igreja, pergunto: Quem sofreu perseguição? Quem foi açoitado? Quais e quantos foram mortos? Quem e quantos cultuaram às escondidas? Quem e quantos foram mártires, palhaços e trapos por nome de Jesus? Quais e quantos tiveram que fugir abandonando tudo? Todavia, Quem reclinou a cabeça no ombro de Jesus? Quem participou da ceia em uma praia depois do abandono? Quem ficou cego por uma luz intensa? Quem foi visitado numa ilha de prisioneiros? A quem foi dada a honra de revelar pela escrita o evangelho? Quem tocou nas suas feridas? Quem viu Ele passar pelas paredes? E quem teve que declarar amor pelo Filho do Homem? Ao som desses questionamentos que não necessitam de respostas, eu mesmo me pergunto: Qual o motivo para ficar ansioso?
“Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou.” 1 Reis 19.18

Ver. Thiago Geraldo

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