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sexta-feira, 25 de junho de 2010

O CASO DO JESUS HITÓRICO

As reinvidicações dos discípulos não são feitas no nível da Psicologia, da Antropologia, da moralidade, da Sociologia, do marketing, ou até mesmo - pelo menos inicialmente - da Teologia. Elas são reinvindicações históricas. As testemunhas oculares não nos falam acerca das experiências particulares que tiveram, encorajando-nos a experimentar as mesmas coisas: "Você me pergunta como eu sei que ele vive? Ele vive dentro do meu coração". Nem pretendem basear suas reinvindicações na relevância dos eventos: "Jesus mudou minha vida e pode mudar a sua também".
O testemunho dos discípulos, diferentemente de muito daquilo que temos ouvido nos círculos cristãos, era mais um testemunho legal do que o lançamento de um produto ou uma entrevista num programa de televisão. O tribunal faria seu julgamento, não com base no impacto moral ou psicológico dessas experiências, mas sobre o fato de esses eventos que as testemunhas oculares relataram terem realmente acontecido ou não.
O gnóstico vê a historicidade como uma distração que nos afasta da dimensão interior e espiritual da religião, e nos prende a coisas que são exteriores à nossa própria experiência pessoal. Eles estão corretos em vê-la nesses termos. "Olhe", o gnóstico irá dizer, "o que realmente importa não é se essas coisas relatadas na Bíblia de fato aconteceram nesse mundo. O que realmente deve ser levado em conta é a 'moral da história', o significado e esperança que essas ideias espirituais e celestiais representam".
Este não é o caso. O Cristianismo é uma religião objetiva com aplicação subjetiva, não uma religião subjetiva com algumas poucas "considerações" objetivas, sobre as quais as pessoas de todas as crenças podem concordar. Sua verdade está ancorada, não naquilo que acontece dentro de uma pessoa, mas naquilo que aconteceu na antiga terra de Israel dois mil anos atrás.
Todavia, isso não significa que não haja experiência com Deus, e esta é a segunda constatação que deve ser feita sobre a surpreendente proclamação de João (1Jo 1.1) . As testemunhas oculares da vida de Jesus, de sua morte e ressurreição estavam transbordando de experiências. Como alguém pode ler os evangelhos e ir embora sem ser profundamente afetado pelo impacto emocional da vida de Deus relacionando-se direta e fisicamente com a vida de seres humanos?
Uma mulher americana contemporânea pode estar correta em sugerir que a Batalha de Waterloo é irrelevante para sua vida diária, mas ela não pode dizer que os eventos que cercaram esse rabi judeu são, semelhantemente, triviais para sua própria experiência. Isso acontece por causa da grandiosidade do evento. A Batalha de Waterloo é importante, especialmente na história da guerra e da diplomacia. Mas a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo são todos eventos salvadores para nós, hoje. Se Jesus morreu, mas não ressuscitou, isso não se torna significativo apenas para historiadores, é também crucial para cada um de nós. em uma passagem familiar , o apóstolo Paulo relata,
E se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo. ... E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. ( 1 Coríntios 15.14-19)
Paulo afirmou que o Cristianismo não pode existir sem a ressurreição - um evento histórico. Para ter certeza, as testemunhas vivenciaram a presença do Deus-Homem, mas porque este Deus-Homem os tinha achado em seu mundo , e não o contrário. Ele os confrontou, como tinha confrontado Adão e Eva após o seu pecado no Jardim do Éden. Este profundo encontro entre o Criador ofendido e o pecador ofensor, há quase dois mil anos, ainda traz confrontação e crise na vida de multidões de toda língua e nação.
Porque a obra salvífica de Deus em cristo mudou sua relação com o mundo (do julgamento à redenção), cada homem, mulher e criança são convidados, ainda hoje, a participar dos benefícios da filiação a Deus. Por causa desse evento, não somos mais estranhos na relação com Deus, arremessados em uma vasta máquina cósmica da qual devemos escapar. tendo tomado a natureza humana, o Filho Divino assegurou a redenção da matéria, quer animada ou inanimada (Rm 8.19-23). Por causa dele, é bom ser humano novamente, é bom estar no mundo.

retirado do livro: A Face de Deus ( Os perigos e as delícias da intimidade espiritual)
Michael Horton - Editora Cultura Cristã - Pág. 115 a 117

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