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sábado, 18 de setembro de 2010

A LUZ DO MUNDO

Jesus apresentou a sua segunda metáfora com uma afirmação semelhante: vós sois a luz do mundo. É verdade, mais tarde Ele diria: "Eu sou a luz do mundo." Mas, por derivação, nós também o somos, pois brilhamos com a luz de Cristo no mundo, como estrelas no céu à noite. Às vezes, fico imaginando como seria esplêndido se os não-cristãos, curiosos por descobrir o segredo e a fonte de nossa luz, viessem a nós e nos indagassem sobre isso.
Jesus esclarece que essa luz são as nossas "boas obras". Que os homens vejam as vossas boas obras, disse, e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus, pois é através dessas boas obras que a nossa luz tem de brilhar. Parece que "boas obras" é uma expressão generalizada, que abrange tudo o que o cristão diz e faz porque é cristão, toda e qualquer manifestação externa e visível de sua fé cristã. considerando que a luz é um símbolo bíblico comum da verdade, a luz do cristão deve certamente incluir o seu testemunho verbal. Assim, a profecia do Velho Testamento de que o Servo de Deus seria uma "luz para os gentios", cumpriu-se não só no próprio Cristo, a luz do mundo, mas também nos cristãos que dão testemunho de Cristo. A evangelização deve ser considerada como uma das "boas obras" pelas quais a nossa luz brilha e o nosso Pai é glorificado.
Lutero tinha razão quando enfatizava isto, mas errou (na minha opinião) ao fazer disto referência exclusiva: "Mateus não tem em mente as obras comuns que as pessoas deveriam fazer umas pelas outras por causa do amor... Antes, ele estava pensando principalmente na obra que distingue o cristão quando ensina corretamente, quando dá ênfase à fé e quando mostra como fortalecê-la e preservá-la; é assim que testemunhamos de que realmente somos cristãos." Ele prossegue em seu comentário traçando um contraste entre as primeiras e as últimas tábuas do décalogo, isto é, os dez mandamentos que expressam o nosso dever para com Deus e o nosso próximo. "As obras que agora comentamos tratam dos três primeiros grandes mandamentos, que se referem à honra, ao nome e à Palavra de Deus." É bom lembrar-se de que crer, confessar e ensinar a verdade também fazem parte das "boas obras" que evidenciam a nossa regeneração pelo Espírito Santo. Contudo, não devemos nos limitar a isto. "Boas obras", são obras também do amor, além da fé. Elas expressam não só a nossa lealdade a Deus, mas também o nosso interesse pelos nossos semelhantes. Na verdade, o significado primário de "obras" tem de ser atos práticos e visíveis gerados pela compaixão. Quando os homens vêem tais obras, disse Jesus, glorificam a Deus, pois elas encarnam as boas novas do seu amor que nós proclamamos. Sem elas, o nosso evangelho perde a sua credibilidade; e Deus, a sua honra.
Assim como acontece com o sal, também a afirmação referente à luz foi seguida de uma condição: Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens. Se o sal pode perder a sua salinidade, a luz em nós pode transformar-se em trevas. Mas nós temos de permitir que a luz de Cristo dentro de nós brilhe para fora, a fim de que as pessoas a vejam. Não devemos ser como uma cidade ou vila aninhada em um vale, cujas luzes ficam ocultas, mas sim como uma cidade edificada sobre um monte, que não se pode esconder e cujas luzes são claramente visíveis a quilômetros de distância. E mais, devemos ser como uma lâmpada acesa, como João Batista, "que ardia e alumiava", colocada no velador, numa posição de destaque na casa a fim de iluminar a todos que se encontram na casa, e não ficando "debaixo da gamela" ou "debaixo do balde", onde não produz bem algum.
Isto é, na qualidade de discípulos de Jesus, não devemos esconder a verdade que conhecemos ou a verdade do que somos. Não devemos fingir que somos diferentes, mas devemos desejar que o nosso Cristianismo seja visível a todos. "Refugiar-se no invisível é uma negação do chamado. Uma comunidade de Jesus que procura esconder-se deixou de seguí-lo." Antes, nós devemos ser cristãos autênticos, vivendo abertamente a vida descrita nas bem-aventuranças, sem nos envergonhar de Cristo. Então as pessoas nos verão, e verão as nossas boas obras e, assim, glorificarão a Deus, pois reconhecerão inevitavelmente que é pela graça de Deus que somos assim, que a nossa luz é a luz Dele, e que as nossas obras são obras Dele feitas em nós e através de nós. Desse modo, louvarão a luz, e não a lâmpada que a transmite, glorificarão a nosso Pai que está nos céus, e não aos filhos que ele gerou e que têm traços da sua família. Até mesmo aqueles que nos injuriam não poderão deixar de glorificar a Deus por causa da própria justiça pela qual eles nos perseguem (vs. 10-12).
Texto retirado do Livro: A mensagem do Sermão do Monte
John Stott - ABU editora - Págs.: 52 a 54

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